Don Pacheco - Mó Neurose lyrics

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Don Pacheco - Mó Neurose lyrics

[Verso 1: Don Pacheco] A minha neurose é cuns trouxa que acham que só falamo bosta Que não sabe o que viver como o diabo gosta Vem aqui e dá falha pra vê se sobra um Enfim uma volta à noite aqui não há problema algum Ter arma aqui, é jogada que armaram sim Só pra ver nosso fim, então vem a**istir Ai compare o exagero que ce diz que tem Só vai ser mera semelhança, então vem Só no role você vai ver possa de sangue Muito sangue... Vem ver sangue Original e não igual o que tem na TV É sangue mesmo, é de verdade, vem ver pra crer Tô na neurose e aí? Vai encarar Olha pra cá, oh filha da puta!! Escuta o que eu vou falar Me sinto um morto que voltou pra matar, me vingar Fazer um estrago, vem aí minha revolta To numa de foder com tudo, mas meu jogo é outro Não dou o gosto pros imundos que quer me ver morto Quantos vão ter que morrer pra se tomar uma atitude, eu sei Eu tô ligado se acontece com um de vocês Uma atitude é tomada, é achado um culpado Pra impressa não mostrar, mais um caso arquivado Parabéns pra polícia, aplausos, medalha Aqui a justiça é PPP e não dá falha Eu vi desempregado, mais um brasileiro Envenenado, dessa vez não tem acerto Sem trampo, sem porra nenhuma, um forte na mente, um cão na mão Um mano que sai pra fazer a boa em algum playboy cuzão Sem nada a perder, engatilhado na sua missão Vai dar o carro ou não? Vai reagir então? Vai ser um dois pra explodir seu miolo no tiro Enfurecido, fodido, o que não falta é motivo Pra ver meus manos perder a cabeça e fazer besteira Pra desandar, cair na armadilha e rodar de bobeira Oportunidade não dão, muito menos esperança Cês tão criando um monstro, se inicia a vingança! Tô na neurose, cansado de ver uma pá de irmão Desandando, buscando ilusão nesse mundão em vão Em porra de droga que vocês fornecem E um incentivo contra o álcool aqui não aparece Só propaganda na TV que não tem peso e nem nome Seu veneno destilado que destrói um homem Desce macio e a cada gole um monstro se cria Do jeito que o diabo gosta, da noite pro dia Meus parabéns por tentarem nos destruir A armadilha do inferno tá armada, tá aí Olhe pra mim, me diga o que esta vendo Sinta o veneno, o ódio se é que pode Mó neurose... [Verso 2: Eazy Kaos] Primo, se olhe no espelho e me diga o que tá vendo Me diz se vale mesmo continuar vivendo Me lembro do Preto, do Ratão e do Edmilson Me sinto um inútil diante de tudo isso Quem será o próximo a subir?? Eu ou você?? A morte nos acompanha e eu não sei o porque?? Vou descansar em paz, se vai lutar, então vai Voltar atrás não dá, então deixa pra lá, mas não dá Filhos da puta tentam adiantar minha morte Traído e humilhado, é foda, tento ser mais forte Às vezes eu acho que as chuvas são de lágrimas De anjos, de Jesus, de Deus, de almas desencarnadas Ao verem que pouco a pouco caímos na cilada A cada gole, a cada 2, a cada tiro, a cada cachimbada Somos peças de um jogo de Xadrez Constantemente em xeque, mesmo não sendo Rei O tempo me mostrou que a vida aqui é coisa pa**ageira Que o sorriso aqui só vai até onde o demônio deixa E a tristeza nos faz querer a felicidade E você já sentiu?? Será que foi de verdade?? A vida é um jogo estranho e somos um bando de sonhadores Que a cada queda levanta mais forte e dá risada das suas dores Eu não sei ao certo onde isso vai parar Por isso peço Deus forças pra lutar Me afastar desses filhos da puta destruidores de vida Racista, vagabunda, playboy, polícia, demônio cinza Conforme o Kardecismo, todos vão pagar por isso Quem quis ser foda hoje, amanhã vai tá fodido Veja só o estrago que você fez em si mesmo Mas só tô registrando, dando tempo ao tempo e vendo Que tudo que você deseja pros outros retorna em dobro pra si Fica esperto com tudo e com todos pois tem muita gente querendo seu fim Vida longa ao Seu Cícero e Dona Maria José Obrigado pai, obrigado mãe, vocês sabem como é A vida dura que levamos... Mas não impede de dizer que eu os amo... Vejo dor, sangue, cano na mão de moleque Seu doutor não estranhe o mano fumando um beck Ou com uma 357 gritando: “Cadê o dinheiro!!!” É o fruto do ódio que cês tão colhendo Que porra é essa que você fala no “Criança Esperança” Olhar pra favela uma vez por ano não adianta Aborto, suicídio, boy matando mãe por droga Linchamento, tortura, o mundo em revolta Será que é esse o fim dos tempos que fala na Bíblia E qual vai ser o futuro do meu filho, alguém me diga? Será que eu vou tá vivo pra poder protegê-lo? Pra que o tiro do pilantra acerte meu peito primeiro E eu faça a diferença salvando um inocente Já que todos somos peças de um jogo de um doente Tem que ser forte, com ou sem sorte, fode quem fode, escolhe Vida ou morte, meu povo sofre, é só o lado pobre É mó neurose...