[Verso 1: Rhenan Duarte] Aumente o som e solte as tranças, o tempo fechou Não é o rap da Maju, eu sei que você achou Tô de Camaro amarelo ouvindo facção De cabelo black, rimando palavão testando a dicção Ficção, um negro comprando a vista um importado Um presidente da minha cor, ficaria admirado Enquanto isso resista, por favor não desista Mesmo quando tomar um fora duma mina racista Auto-estima nunca foi o nosso forte não é? A maioria que se sente minoria ieié Ninguém gosta de falar do instagram do pa**ado Hastag com chibatada nas costas sendo açoitado Se fosse um jogo, faria o inimigo sucumbir Transformando todo negro no Brasil em Zumbi Sem agredir ninguém mais eu rimo com atitude Pra que seu netinho respeite minha negritude [Verso 2: Robson Peqnoh] Cês pode entrar nessa guerra de ego, qual é o seu talento? Me nego a combinar palavras sem sentimento E sinto muito quando observo, o movimento Um monte de corpos vazios enchendo a cabeça de vento A super valorização do superficial Onde a superação é quase artificial E a junção das ideias é algo tão intelectual Que eleva num pedestal quem defende algo ban*l Foda é ver quem aplaude uma separação tola Essas atitudes que fodem uma geração toda Quem é melhor BIG ou PAC? Que papo torto Seria melhor não ter 1 melhor e nenhum deles morto A tiro, As tretas dos pretos não prestam pra nóiz Pratico o protesto pretendo honrar nossa voz Avisa lá que é o eco que a luta fez Que é a vez da voz do morro e a voz de quem não tem vez... [Verso 3: UnderSon Leitty] Isso daqui é um s**teto, aliás, 6 preto Respeito, pois meu sangue de africano aqui me fez gueto! Sou tão escuro que até lembro um bar gótico Trafico informação e minha rima é o narcótico! Se isso é um jogo eu quero ser o capitão E a cabeça do capataz é minha bola de capotão Meu rap é padrão ''Fifa'', sou ''fera'' e não ''fofo'' To em campo pra tirar meu povo do padrão ''mofo''! Só raciocino a**im, e nem me preocupo Tão racional que o Mano Brown quase que me chama pro grupo UnderSon Leitty tem vista, pra vitória ainda tem pista Mc,Motoboy, Skatista, e hoje aqui eu também sou frentista... Quem ouve isso de mim, ja olha com graça tirando mó sarro Mas só que eu vim pra encher sua mente de rima e não o tanque do seu carro! Sou preto tipo A, pras pretinha, pras crioula E pras ''Maria Joaquina'' que adora um ''Cirilo'' mas só de ceroula... [Verso 4: Daniel Garnet] To a frente do tempo, to no tempo de sample Tão a frente do tempo, que os preto velho nem nasceram Incansável como os atletas de Quênia Eu sou a resistência isso tá no D-N-A Vim pra desnortear, bússola com outro rumo Até que cúpula seja os países do sul do mundo Insistem em dizer que não é uma questão racial Mais eles não curtem “mano”, ainda mais se for “Brown” Num é brow, ai plaw Mike Brown Um marrom a menos, é tenso no senso nacional Cabeças crespas que virem bustos pretos na instante Espero ter escurecido sido escuro o bastante Não faça Cypher mané, se não sai do Cyber café Sou preto e to quente, acho que hoje sai um café Daquela mina, que quando pequenina não curtia cafeína Depois da rima a melanina é o que mela a mina... [Verso 5: Rodrigo Buga] Se liga aí, tô aqui, Racionais sempre ouvi E viu dizer que, a**im aprendi, como ser preto! Se os meus aprenderem Ubuntu os boys vão ter que a**istir Hotel Ruanda se tornar Revolução do Haiti! Apocalipse roxo de preto mutante (En Sabah Nur!!!*) Contra o racismo da LIFE sou THUG igual (Mister ShaKur!!!) A vida é luta! E eu sou Muhammad Ali nesse ringue Sou "Martin Luther" até todo preto se tornar "King"! Fascista podre! Photoshop mental de decência Sou Amarildo Walking Dead comendo sua consciência Sou Axé, sou mandinga, fim da morte no tronco à míngua O filho da faxineira veio pra esfregar sua língua!! Com vários "Brown" aprendi como ser "black" Meu "red" esquenta E só escorre no tiro, no soco racista num guenta! H. Aço Duracell, vâmu durá eternamente Cortaram a cabeça de ZUMBI pra ele entrar em nossa mente, os preto valente!!!