[Verso 1: Tosh] Direto da terra de todos os santos e prantos Mais um vira-lata que não dá a pata E não aguenta ficar de canto Enquanto transita entre corpos Atolados na trilha do avanço Corrói um tanto Consagraram conhecimento pecado Alegoria da maçã é estratégia de mercado Igrejas, empresas, farinha do mesmo saco Querem o monopólio meu caro Bote fé no que eu falo Não confunda bondade, com conveniência Experiência O mundo é novo, a vida é 'veia' Descarte coincidências Odisseus e odisséias Ideias sem ação, derivam no mundo de ideias Fatos são intocáveis, inalteráveis O resto são só versões, somadas a emoções, projeções Relações entram em turbulência Por carência de transparência Energia transcende a porra das aparências [Verso 2: Dactes] A vida que nós, leva Nos inspira, de qualquer modo Vira? De qualquer jeito, siga E nós segue, por mais que sativas Matando em batidas Mais que sintéticos, beats sintetizados e gírias, não Dialeto! Preto Olha quem somos, o que fomos Longa sequência de DNA por anos, cromossomos E nessa vida vou viver mais do que eu possa levar quando eu morrer NaCaladaRec, 'buêro' dos rato Tosh traz o mato, trago Devon no próximo pa**o Responsa dobrada Pilantragem é mato Ligado, por isso abraço Com a peça do lado, drão Ação e menos baratino Tô no inferno, sem o paraíso Me chama de Constantine Visando a morte no que é mais divino Sigo preparado E não se limpa a 'sujera' do nordestino Viado! [Verso 3: Doisas] Sempre o mesmo Rato da coluna desgraçada Com um talho na cara e a pupila dilatada Gosto muito de drogas e de coisas engraçadas E o meu foda-se não é vago, não É uma tese elaborada Vai, se dá vacilo cê cai Não é no sigilo que morre quem trai Sabe que é aquilo, já dormi nuns quilo' E sei a 'velô' que isso sai, paaaai Natural cruz city, crueldade com os animais Injuriado e motivado, virado no satanás, rapaz É sem calma, não deita cabelo voa Mano eu ando desarmado Mas não pensa que eu sou atoa Eu to no saci sem ceda Sem sucesso e com certeza A minha primeira chance, bote fé que eu viro a mesa Se mate por cash ou pire Faça aquilo que exigirem Se faça ou se vire Monstros no rap BA existem Escala o meu, pra que eu me inspire [Verso 4: Jeferson Devon] Qual é a utopia que te motiva? O que você faria ao descobrir que sua vida Só terá sentido quando descobrir que O que dá sentido a ela é uma mentira Eu sinceramente não sei como os outros Fazem pra escrever sobre o conforto Porque só questionar me inspira E eu tô inspirado ou morto Convicção é um mal que guia homens tolos Cega quase todos Quem pode ver a luz é louco Eu quase vi a verdade E não morri por pouco Mas o caminho é tenebroso Curvo, escuro, muito perigoso Mas acreditei com tanta vontade Quase vi seu rosto Quase alcancei a sua mão E toquei seu corpo Mas acordei e enfim, eis-me aqui, de novo Rendido a verdade dos outros