Na minha mão um copo meio cheio Ainda que sem chão, há um metro e meio dele Tarefa nada fácil manter a calma Enquanto danço valsa com a miséria Alma suja de sangue e lama O tempo não espera e a vida segue utópica, sempre atípica Pisando entre o bélico e o lúdico Líquida mistura lírica Coração no frigorífico E o peito na estufa de um boteco periférico Todo o dia eu levo um tiro A morte é quem galopa de coturno Mas sou teimoso e ressuscito Focado em resistir aos golpes Dou mais um gole no еlixir A vida é bela E eu quero o mеlhor dela: o mesocarpo, o suprassumo Não sou pra sempre, então que eu possa desfrutá-la Sem capas, sem culpa, sem medo Quero beijos que arrebatam Que amarras se arrebentem Por que amanhã é um novo dia fértil! Amanhã é um novo dia! Ainda vejo um copo meio cheio Meio cheio Vejo o lado bom da vida Dou um gole no elixir Um copo meio cheio, meio cheio Ainda que confuso com esse tal lado bom Ainda vejo um copo meio cheio Meio cheio Vejo o lado bom da vida Dou um gole no elixir Um copo meio cheio, meio cheio Ainda que confuso com esse tal lado bom Não espere que as coisas melhorem É melhor fazer acontecer E não esperar o tempo agir Renovemos olhares, e respiremos Vida nova, novos ares, e voaremos Sem cárcere Renovando a esperança A minha carece de intensos exercícios Pra ser exato, ela tem estado fora de forma E eu meio aéreo, fora do foco O mundo todo balançando torto fora do copo Vendo minha cabeça fora do corpo Com a derrota não se brinda Com o coração partido e imparcial Se blinda e brada Pro mundo inteiro acordar O agente dormir, a gente fugir A liberdade vai cantar afinal Sorrindo entre pólvora e diamantes Rosas e dinamites Porque amanhã é um novo dia fértil Amanhã é um novo dia Ainda vejo um copo meio cheio Meio cheio Vejo o lado bom da vida Dou um gole no elixir Um copo meio cheio, meio cheio Ainda que confuso com esse tal lado bom Ainda vejo um copo meio cheio Meio cheio Vejo o lado bom da vida Dou um gole no elixir Um copo meio cheio, meio cheio Ainda que confuso com esse tal lado bom