Consciência Humana - Pai lyrics

Published

0 118 0

Consciência Humana - Pai lyrics

Rio de janeiro, 25 do 10 de 99 Escadinha- Fim do milênio Bença, pai. Como vão as coisas aí em cima? Aqui em baixo não tem muita novidade. Todo dia é sofrimento, é sobrevivência. Pai, 15 anos que eu estou aqui, e você se foi sem que ao menos eu pudesse me despedir. Rezo todo dia p/ um futuro melhor. Pai, aonde o senhor estiver, esteja em paz Atrás das grades da ilusão do pensamento O primeiro envolvimento, o lamento é membro do círculo doloso que conduz irmãos ao fundão das prisões sem sala Começa um pesadelo que se pá nunca se acaba Luz, câmera, ação! É como se fosse um filme Mas é verdade. Faço parte desse mundo cão Penso rápido pra ninguém captar Faço plano para o futuro, para o futuro não me pegar Dou um trago no cigarro. Só fumaça, só desgraça, depressão e cheiro de presunto no ar Sei lá quem será o próximo a ser morto Rezo p/ oxalá que ilumine o meu caminho Sou amigo, sou justo. Eu sou da paz Eu agonizo, mas não morro! Eu sou sagaz! E o sorriso das visitas nos fazem viver E no dia de visita, o amor nos trazem um bem querer É preciso crer Alguém precisa crer que vai acontecer o dia do juízo final Rezo todo dia para um futuro melhor (melhor) Longe das armas, dos guardas e do do pó (PROBLEMA) Rezo todo dia para um futuro melhor (melhor) Longe das armas, dos guardas e do pó (SISTEMA) Penso todo dia num futuro melhor Longe dos homens, dos putos, das armas e do pó Meu filho na altura do abdômen, futuro homem Minha filha, preciosidade pra eu livrar do pior Minha mãe tá bem, mas a saúde já não é mesma A face mostra o sofrimento, idade e clareza Não quero ser mais um problema pra minha família Sou favela, sou o morro, periferia Meu pai, eu sinto muito a sua falta Seu cabelo grisalho, sua voz forte e alta Há 15 anos atrás eu saí sem me despedir Meu pai, talvez eu te encontre por aí Rezo todo dia para um futuro melhor (melhor) Longe das armas, dos guardas e do do pó (PROBLEMA) Rezo todo dia para um futuro melhor (melhor) Longe das armas, dos guardas e do pó (SISTEMA) Chego a me arrepender de tudo o que eu já fiz, ao ouvir novamente o martelo de um juiz Percebi que já perdi muito E que a maioria dos meus parceiros viraram defuntos Junto com meus inimigos antigos, armados, revolucionários Comandante do Crime Organizado da cidade do Rio de Janeiro Considerado o primeiro, Escadinha subestima a Polícia Militar inteira Desespero, correria Alguém jamais subestimou o estado Sistema abalado Bangu 1- Prisão de Segurança Máxima Táticas falhas, e Escadinha escapa É acionado as Forças Armadas Escadinha é a caça Operação principal, destaque nacional e internacional Com a cara no jornal Procurado vivo ou morto Forças Armadas do Morro do Juramento Final de tarde sangrento. Um policial foi morto Comando Vermelho, totalmente Organizado, derruba helicóptero Subestimaram o Sistema de novo Sou o Escadinha, considerado um perigo p/ a Sociedade Se colo no asfalto, abalo a cidade Vários, milhares acreditam no que estou falando Que sou o novo homem e seu maldito cano Um terço da pena já foi cumprida Abandonado para sempre a imagem do bandido O terror, o menino mau que estava com a cara no jornal Resgatar, sim, a minha auto estima No final do túnel enxergo a minha saída Desta vez sairei pelo portão, sem o helicóptero Na lei! Vou buscar meu irmão Rezo todo dia para um futuro melhor (melhor) Longe das armas, dos guardas e do do pó (PROBLEMA) Rezo todo dia para um futuro melhor (melhor) Longe das armas, dos guardas e do pó (SISTEMA) Do Lado Leste da Periferia de São Paulo CH, Homens Crânios Ao Morro do Juramento Existe uma realidade e fazemos parte dela. O tema é Favela. Paz, periferia. A revolução não será televisionada. D.R.R. - Defensores do Ritmo Rua. Paz!