O que faz um pai arremessar um filho num vidro de um carro? O que faz um louco ameaçar o mundo por um capricho bizarro? Como se faz um tempo onde à paz é pura relíquia de antiquário? Como se vive um governo sem o clientelismo ordinário? Vivemos em torno de um lixo medieval panfletário Me sinto postergado há meu tempo, não quero viver nesse aquário Hei apague a luz do corredor E feche a porta por favor porque esse mundo acabou E muita gente nem ligou Hei aperte o botão do elevador E vamos para o último andar Pedir perdão pelo que faltou Por que a vida é a**im? Me diga como ela é? Viver num mundo a**im queria tanto um que não há Queria então poder criar e não queria mais saber Mas o sofrer sempre precede o eterno conhecer O preço pra caminhar e brincar de reinventar Conceitos, gestos, cenas, belas-artes, mergulhar O tempo é um carrasco, um traço, um pa**o, um carrapato preso num sapato Sempre a me amolar Por que a dor é tão ruim? No fim porque há tanta dor? Aonde usar o velho sentimento de amar?