[Verso 1: Bastos] Tu e eu, agora dou um retrocesso Dia do finalmente, avançar com o processo Sentados no projeto, beijo fico perplexo Quando me dás o acesso, eu começo e confesso: Que desde a primeira vez, não tirei o olhar de ti Desde o primeiro toque, separar não consegui Parei para pensar, mas pensar não permiti Pois a mente estava cheia por algo nunca senti(do) Do parque visionávamos o futuro, em contacto com a natureza os pensamentos vinham puros Afastámos o obscuro, o amor não é prematuro É o fruto que é maduro, da colheita eu não perjuro E eu juro que tudo o que verbalizo é sentido E quando estou abatido o que interessa é ter vivido E promovido o amor, que contigo torno límpido Como a nuvem cristalina no Olimpo E eu sinto que o destino não se quer desvanecer E organizou a minha vida ao exercer o seu poder Marcou uma consulta, há muito me queria ver Uma receita de amor, eu vi-o prescrever Mas pra me satisfazer, uma coisa tens de me prometer: -O quê amor? -Nunca iremos desistir… Deixa-me exprimir aquilo que estou a sentir Não te quero ver partir mas já me tentastes prevenir Que o resultado da leitura de mãos era que isto iria ruir Mas eu tento impingir que isso é pra iludir Decidir, então porque arriscaste? Pois eu sei que ponderastes quando te entregaste E para dizer o sim, eu sei naquilo em que pensaste "O amor só não resulta se eu deixar que se afaste" E nisso me elevastes, moldastes até homem E por contraste, não desgastas, como aqueles que consomem Tudo o que há em mim, tudo por desvendar Desfrutemos do amor, não o vamos ver pa**ar [Refrão: Zilla e Carolina Silva] O tempo pa**a, o amor acontece Não há nada que a gente faça, não é porque nos apetece O amor é a**im, o amor é verdadeiro Quando acontece, acontece a tempo inteiro (x2) [Verso 2: Bastos] E sim é invisível, como a felicidade Tenho uma cara, mas tu és a minha metade Entre a cumplicidade, e toda a infinidade A verdade resulta na derradeira finalidade E por aqui venho, para te demonstrar Não interessa o que suceda, estarei aqui pra te apoiar Onde a vida nos colocar, onde o destino arrastar Se estiveres numa cadeira, serei eu a empurrar E quando a força já faltar, ao gérmen tu vais-me levar A energia desperta como o teu sorriso ao acordar E mesmo ao acabar, retomo o principio Com um toque de magia, agarrou-se o feitiço És a minha cura, mas também és o meu vicio Construíste os alicerces, num betão bem maciço Aquele que suporta, ao mesmo tempo conforta A vida de um elevado, que com nada se conforma Por isso, aproveita o dia, mas aproveita a meu lado Foi-nos dada a caneta, só temos de escrever o fado O Destino, esse ainda não está traçado Está no seu puro estado, e nós iremos pô-lo dourado Abriste-me horizontes quando tudo estava perdido Em ti acho a segurança de um porto de abrigo Pouco desprovido, por mim muito conhecido De um amor adormecido, que eu quero acordar contigo [Refrão] (x2) [Verso 3: Zilla] Rosto imaculado, coração de Lúcifer Sorriso endiabrado, que faz de ti mulher Não olho fixamente, não chego ao exterior Em ti fixo a mente, descodifico o interior 1001 noites, rainha do deserto Iluminas as noites, se o caminho é incerto Fico desperto, pra te poder tocar Peito descoberto, artérias a rebentar Mente a alucinar e o corpo a soluçar Sinto-te a chegar, não chego a agarrar Miragem que és, areia por entre as mãos Chão longe dos pés, foges como grãos Na ampulheta, que ao tempo dá a hora O futuro é a meta, o pa**ado é agora Um presente que é pa**ado, uma ausência que é sentida Mais um presente que te é dado, na tua presença foragida Rasgaste-me a alma, marcaste-me a pele Mordacidade que me aclama, amor que me repele [Refrão](x2) Deixa acontecer (x5)