[Verso 1] No sub-imundo mundo sub-humano Aos montes, sob as pontes, sob o sol Sem ar, sem horizonte, no infortúnio Sem luz no fim do túnel, sem farol Sem-terra se transformam em sem-teto Pivetes logo se tornam pixotes Meninas, mini-xotas, mini-putas, de pequeninas tetas nos decotes [Refrão] Quem vai pagar a conta? Quem vai lavar a cruz? O último a sair do breu, acende a luz [Verso 2] No topo da pirâmide, tirânica Estúpida, tapada minoria Cultiva viva como a uma flor A vespa vesga da mesquinharia Na civilização eis a barbárie É a penúria que se pronuncia Com sua boca oca, sua cárie Ou sua raiva e sua revelia [Refrão] (3X) Quem vai pagar a conta? Quem vai lavar a cruz? O último a sair do breu, acende a luz O que prometeu não cumpriu O fogo apagou, a luz extinguiu