[Verso 1] Acendo mais um cigarro Mais uma vez, faço um esforço para ver se não aparro Quando engulo o último ansiolítico Prevejo mais um serão apocalíptico Contigo o conhecimento surgia como um rebento Dizem que o tempo tudo cura, não me contento Sento o meu corpo em frente da televisão Desesperadamente à espera de um empurrão Mas não [Bridge] Continua a não acontecer nada, maçada Imagens desfocadas surgem à desfilada Subitamente dou por mim a**im A pensar palavras abstractas como 'rim' [Verso 2] Abstracto? De bom grado, a**inaria um pacto Exacto, diabo, pa**a-me o contracto Vendo-te a alma quando o corpo for enterrado Pronto para continuar a ser devorado Por que é que hei-de correr para o que quer que seja Se afinal não é isso que o meu corpo deseja? Sinto-me como um bébé: preguiçoso, dorminhoco Deixando-me levar a pouco e pouco [Bridge] E continua a não acontecer nada, maçada Imagens desfocadas surgem à desfilada Subitamente dou por mim a**im A pensar palavras abstractas como 'rim' [Refrão] Pai nosso que estais no céu Sei que falo contigo do lugar do réu Mas preciso de algo para sarar a minha chaga Já agora diz-me: Tens aí alguma vaga? Pai nosso que estais no céu Sei que falo contigo do lugar do réu Mas preciso de algo para sarar a minha chaga Já agora diz-me: Tens aí alguma vaga? [Verso 3] Basta! Dá-me um batuque que eu preciso dançar Não, dá-me antes a tua boca para eu a beijar Vejo na minha cabeça um corpo balançante Brilha quando abraça o do seu amante E lembro-me de nós, da tua voz De noite inenarráveis pa**adas a sós A chuva que me atrai pica como um alfinete Atirei-me de cabeça sem um capacete Nada de complexo, apenas um reflexo Todas as loucuras têm o seu nexo Já não digo o mesmo das emoções Experimentadas nas minhas invariáveis deambulações Vagabundo nocturno caído num bueiro Como tantos outros sem um certo paradeiro Dá-me algum dinheiro para comer Não, não, não, não - Dá-me algum amor para viver [Interlúdio] Dá-me, dá-me, dá-me, dá-me, dá-me, dá-me, dá-me, dá-me Dá-me, dá-me, dá-me, dá-me, dá-me, dá-me Dá-me, dá-me, dá-me, dá-me, dá-me, dá-me, dá-me, dá-me Dá-me, dá-me, dá-me, dá-me, dá-me, dá-me [Bridge] E continua a não acontecer nada, maçada Imagens desfocadas surgem à desfilada Subitamente dou por mim a**im A pensar palavras abstractas como 'rim' (Hahahaha) [Refrão] Pai nosso que estais no céu Sei que falo contigo do lugar do réu Mas preciso de algo para sarar a minha chaga Já agora diz-me: Tens aí alguma vaga? Pai nosso que estais no céu Sei que falo contigo do lugar do réu Mas preciso de algo para sarar a minha chaga Já agora diz-me: Tens aí alguma vaga? Pai nosso que estais no céu Sei que falo contigo do lugar do réu Mas preciso de algo para sarar a minha chaga Já agora diz-me: Tens aí alguma vaga? Pai nosso que estais no céu Sei que falo contigo do lugar do réu Mas preciso de algo para sarar a minha chaga Já agora diz-me: Tens aí alguma vaga?