Se o preconceito é o pai da escravidão Cadê a mãe desse menino? E o seu irmão, a solidão Chora sem parar E de topete e bem vestido Vem a ambição Pra balbuciar em vão O que não soma mais Contos de fada em papel de pão Rei num castelo de papelão O velho sabe mais: “sabe lá O que é que se ganha a**im.” Eu sei lá se o tempo tá girando pra trás Ou eu que tô na contra mão Será que o tempo tá girando pra trás E eu me vou A cada esquina a discriminação Nega a reparar Que o seu amigo, opressão, tende a separar E o tal menino vem pedindo, sua doação Pra financiar em vão A quem não sonha mais Louça de lata, talher vai com a mão Terno engomado em pano de chão E nego corre atrás, sabe lá O que é que se ganha a**im Eu sei lá se o tempo tá girando pra trás Ou eu que tô na contra mão Será que o tempo tá girando pra trás E eu me vou