Na pedante Ipiranga gulosa de pedestres Na face da cidade o vazio dos teus olhos Nos cândidos bares da 7 de Abril Teu perfume levanta do chão mal lavado, das cinzas dos copos Das bocas que comem dejetos das latas vendidas a rodo Nos grandes mercados das avenidas da grande cidade O gosto melado dos seus lábios fendidos Encontro nas vendas em qualquer halls de anis Na rua direita, multidão terrorista A cada esbarrão a aspereza da tua pele cinza Nada ficou de nós dois Nada restou, nem rancor Nem saudade Nem lágrimas