[Verso 01: ÁS] Ás... linhas tentaram calar, mas dessa vez Não poderei afirmar que eu serei cortês Escrevendo essas merdas lá em 2003 Eu estive nessa merda esperando vocês Tive dias ruins... todos do mês E agora todos os fins trazem porquês Está na hora de parar e responder De me calar para ouvir e entender que devo me desprender Desse meu fardo, levando o pa**ado comigo nessa mochila, porque eu ainda guardo? Os maias falaram em fim do mundo Perdi minhas memórias no mesmo ano então eu me confundo Saquei o Ás de um sono profundo e o motivo para eu me manter insano É que esse é o meu mundo, mano Ninguém levou a sério quando li sobre meus sonhos Mas todos estão sérios, esses versos são medonhos Pintei a Mona Lisa e coloquei nessa moldura Chamei ela de insólita e disseram "que madura!" Vivendo minha vida sempre dentre a loucura Reclamo da doença mas nunca expliquei a cura Eu perco o meu tempo em uma vida insegura Eu corro contra um tempo que a minha força não segura Eu sento e escrevo com uma certa amargura Ao ver que os meus versos causam essas queimaduras Mudei o meu discurso para finalizar, para sinalizar e para te avisar Mas continuo sendo aquele cara clássico e para o mundo eu pareço tão jurássico Então eu coloquei um alter ego na minha frente, vamos lá Mundo moderno, eu quero ver, tente Fale mal da minha pessoa mas não fale da minha mente Só porque você não entende algo diferente Mudei o meu cenário, alguns chamaram de regresso Mas debaixo desse lixo é onde está o meu progresso Cavo o dia inteiro para achar o meu sucesso Não há muita esperança nessa vida, eu confesso Mas acredito firmemente, este será o meu ingresso Então aposto nisso tudo sem me preocupar com excessos Continuo, é evidente, viciando em expressos Adicione mais café na minha música, eu espero Eu sou um desgraçado, é engraçado, eu prospero Porque o meu fraca**o não é algo que eu espero No que eu penso e nos meus atos, diga olá pro Nero Eu acho que é um talento nato eu ser tão sincero Eu continuo a dar minhas voltas porque não coopero Eu continuo a dar respostas, então me supero Eu continuo a dar as costas, eu não sou um mero Escritor sem mais propostas, mano, eu prolifero Eu sou... Um exímio motorista Dirijo minha vida sem deixar sair da pista Matando essas linhas sem deixar nenhuma pista Arremato essas curvas, sou aquele estilista Esse é o meu design, acelerando o Carrera Aumento a potência engatando a terceira Ouvi eles falarem "tudo isso é besteira!" E que eu nunca chegaria a construir uma carreira Eu já desci da esteira... Não foi tão complicado A minha vida inteira eu me mostrei tão aplicado Porque eu frearia por ter sido intimado Eu aceleraria e não seria intimidado Não vivo minha vida para ser tão estimado Eu não vivo minha vida aguardando o outro lado Cara, eu vivo minha vida e construo o meu legado Esperando não achar um dividendo isolado Eu volto pra corrida ignorando o meu pa**ado Eu ergo a cabeça, eu não serei ultrapa**ado Eu sei, eu prometi antes de ter recomeçado As linhas tentaram... Mas eu... Não serei calado...