[Intro] "Nossa Senhora das coisas impossiveis que procuramos em vão Vem soleníssima, soleníssima e cheia de uma vontade oculta de soluçar Talvez porque a alma é grande e a vida pequena E todos os gestos não saem do nosso corpo E só alcançamos onde o nosso braço chega E só vemos até onde chega o nosso olhar" [Refrão: Rany Money] Eu já sei porque não consigo dormir há dias Há algo no meu pensamento lento que me paralisa Não aguento viver preso a dogma e doutrina Eu quero a calma na alma pra poder viver a vida [Verso 1: Rany Money] Minha vida é ignorada, dilacerada, não vale uma prata Na pátria que ataca e me axarca, a disputa aqui nunca se aparta Eu viro caça na praça a bad não pa**a a toa, eles cometem desgraça Os que são verdadeiros se ligam e me sacam e nunca se envolvem na falha que é a farsa A sua falta até pode ser grave, mas jamais romperá com meu ciclo Pois não me prendo somente a laços de sangue para formar os meus vínculos O que viso não é só meu vicio, também não me julgue pelas roupas que visto Círculos de alianças na minhas andanças eu valorizo os que fecham comigo O respeito aos valores antigos é o que firma a família na fita Eu dou a finta fugindo da mira na guerrilha, a família é a guerrida Que minha sina sirva e redija para que os outros a dor não sinta Os versos que a gente recita é para que nunca se abalem com peso da cinta Porque sempre vão ter vários pra tentar te humilhar Não abaixe a cabeça, levanta esse olhar Vamo tá junto mermo se for a 1 milhão de milhas Pois não seria ninguém sem essa família [Refrão] [Verso 2: Cert] Apologia da vida bendita vivida de forma alternativa Na mira da rima, polícia que irrita, milícia que atira, nazista, fascista Playboy bombado que grita, me tira, e a canela voa na tua narina Sou cria da pista, o sentido da vida é constituirmos uma família Não me limito a laços genealógicos, na parceria família se encontra na esquina Sem intriga, dinheiro fascina só os de cabeça perdida na vida Não sou homicida, mas cai meia-dúzia dos seus antes de tombar um dos meus Guiado por Deus, iluminado e protegido pela força de Zeus Pulo do gato, ainda cato os mofados, lisérgico pasto, regado e azulado Jogue a cabeça para cima e sua mão para baixo, manobras de skate eu encaixo... o fino não acho Os tiros perdidos dos canas de a**alto, ou esquivo na pista ou me rasgo Com as rimas que enquadram o compa**o, Mulher Maravilha é bem vinda de quatro No quadro que pinto Van Gogh tá armado, se o mar tá storm então joga pra baixo O meu fardo cansado eu arrasto, o seu dinheiro sujo... não aceito, não gasto Porco fardado pra mim é otário que eu dava cascudo no colégio primário Rap na pauta, a calma na alma, rastafari... revolucionário [Refrão] [Verso 3: Maomé] Vida sofrida, alma furtada banida e detida Em contra-partida, sinto a cardio batida Mantendo a pureza retida Vê na retina, quebra a rotina, idéia cretina... Tem inicio e não tem fim... Santo Pai, o que será que a vida reservou pra mim? Ser um músico importante ou um vendedor de amendoim? Eu vou ter um relógio caro ou um camelô vagabundim? Deu risada do magrinho, desmerece alguém que sonha Eu sou rebelde, desbocado... revoltado e sem vergonha Eu vivi rebelião, guerra de religião, eu vi Cristo perdoar Adolf Hittler no caixão Vi ódio e destruição, optei pela união, vi o Diabo corromper a fé de um irmão cristão Assisti Roma ir ao chão, a**isti Pelé jogar Vi Saddan sendo enforcado, eu vi a bomba nuclear O homem vive se matando, pela Terra eu vou rezar Deus esteja do meu lado quando o mundo se acabar Eu vou rezar... [Ari] Eu vou rezar pra minha alma, eu vou rezar Eu vou rezar pra minha pele, eu vou rezar Eu vou rezar pela humanidade, eu vou rezar Eu vou rezar para o meu Senhor, eu vou rezar