Meu amor na vida sem vida eu fico aqui desde que à partida meu bem fiquei sem ti Bem peço aos retratos socorro são mudos, ingratos vem tu senão morro Nem mesmo a saudade me traz consolação quero uma verdade não quero uma ilusão Na alma ainda me dói meiga a tua voz quando o barco foi tão mau para nós Adeus não afastes os teus olhos dos meus vê que até ao longe a bruma a pairar se consuma entre as ondas do mar e os céus Adeus não afastes os teus olhos dos meus dá-lhes carinhos que partem ceguinhos de amor pelos teus Sei que tu existes e sei também meu Zé que há palavras tristes e que uma delas é: A que me tortura, a distância não sei se há mais dura na minha ignorância Há palavras belas mas quase as esqueci véu, noivado, estrelas, altar e outras para aí Quando as ouvirei todas sol, Jesus, hoje apenas sei estas sem luz.