Desce desse galho em que te escondes Sai desse céu sem ninguém Onde não vês luz nem horizontes Onde não vês nada além Pára de ficar rolando tempo Lamentando e alimentando dentro A ferida do tormento Também sei a dor de que te poupas Sim, o mundo é cruel Mas eu te pergunto, com que roupas Vai contracenar o teu papel? Pára de ficar rolando o tempo... Da cilada má, dá trama e a rede Que destino armou pra ti
Tu fizeste a cama, o colchão e a parede Do teu próprio quarto de dormir Pára de ficar rolando o tempo... Já não há o que, de que com que Que te resguarde Joga a tua carta, enfim Antes do acaso arder, antes que tarde Antes do verão ter fim Não vou prosseguir nesta toada Não vou insistir, dizer mais nada Deixe que te diga o vento Pára de ficar rolando o tempo...