Observo olhares sem destino Perfurando ovários estrelares Entretanto vacilam se buscares Tua régua de olho cristalino No cabelo só pa**a o pente fino Na retina só vejo se olhar No gameta desprendo meu colar Na costela da perna de um adão Nos olhares das penas de um pavão Hipnóticos ao enfeitiçar A revolta de toda a natureza Mediante a matança de seus bichos Através dos grudentos carrapichos Toda praga que vem é com certeza O silêncio que paira na pobreza É capaz desse mundo acordar
Para um louco que vive a meditar No dragão que matou a mocidade Um herói que morreu pela metade Se viveu não tem forças pra contar Mas a vida me leva pela noite Até o vento se cala a cotovia Uma ponte até o outro dia Um cangaço que pede um açoite Que ninguém me convide que pernoite Nos confins das crateras poluídas Tenho várias couraças destemidas E brasões de metais incandescentes Tenho rio, riachos e correntes Tenho chamas e são embevecidas