Moço, tá osso mas vou levando Do fundo do poço vou me safando Remando a canoa do jeito que dá Deixo o balanço em primeiro plano Danço, me lanço, mudo de engano Matando no peito e deixando rolar A vida é bela Aquela flor na janela pra mim declama Viver é doce Como o doce que eu trouxe depois da cama É como a brisa Tá num chão que quem pisa flutua e ama Ou como flauta Que não cabe na pauta de quem reclama
Moço, tá osso mas vou levando Vazia e dura É como um pneu que fura e não tem estepe A vida avisa A vida nunca precisa que alguém se estrepe A vida dura O tempo de uma procura, de uma piscada Azul e breve Um voo de ultraleve, uma gargalhada Desanda e trava Agora mesmo eu estava com a resposta A vida é isso Encher linguiça e chouriço e colher aposta A mesa posta