[Verso 1]
E ai rapaziada como é que tá?
Estamos aqui de novo pra tentar fazer você dançar
Como velhos tempos, tempos velhos, velhos quais
Tempos velhos, meus amigos pretos velhos que não voltam mais
Ancestrais seguidos de bravos guerreiros
Faziam o Brasil inteiro se curvar diante de tal bravura, que loucura!
Só pra todo custo defender aquele lugar
Que aliás se chamava Palmares
E foi destruído por um velho
Que não era preto, mas se chamava Jorge
E com sua sorte e nosso azar
Matou todos do quilombo que hoje seria nosso lar
E mesmo a**im de novo mostro à vocês, outra vez
A importância de ser negro por inteiro
Reconhecendo o seu valor
E por favor, respeitando o irmão mais claro
Que está sempre do seu lado torcendo pra você vencer
E crer na energia africana que emana das sementes espalhadas pelo mundo inteiro
Seja escuro, mas seja escuro e verdadeiro
[Refrão]
Afro-brasileiro (sabe quem eu sou?)
Afro-brasileiro (me diga quem você é)
Afro-brasileiro (sabe quem eu sou?)
Afro-brasileiro
Afro-brasileiro (me diga quem você é)
Afro-brasileiro (sabe quem eu sou?)
Afro-brasileiro
Somos descendentes de Zumbi, grande guerreiro
[Verso 2]
Todo dia quando vou sair de casa pra rua
Faço o sinal da cruz pra fazer jus
À fé em Deus e nos orixás
Sou duro na queda porque sou filho guerreiro de Ogum com Iemanjá
E pra injuriar os conservadores imbecis
Tenho orgulho e bato no peito, sou descendente de Zumbi
Grande líder negro brasileiro
Por nossa liberdade enfrentou exércitos inteiros
Mas acabou perdendo a cabeça
E não é a cara dele que eu vejo nas camisetas
Nos bótons, toucas ou bombetas
Nem Ganga Zumba eu vejo nas jaquetas
Até o rap o traiu importando santos pro nosso terreiro
Que falta de respeito
Por um homem de coragem que lutou pelos negros do Brasil inteiro
Meu companheiro ou minha companheira
Não digam besteira, se a**umam
Ensinem nossa cultura à sua família
A nossa tradição, a nossa evolução
Tudo isso está em suas mãos (não é brincadeira não, estou falando sério)
95, trezentos anos de zumbi
Vamos homenageá-lo, agindo a**im
[Refrão]
[Verso 3]
Venha, que hoje é Sexta
Eu vou chamar os refrigerantes e pra quem gosta: Cerveja
Vamos sentar aqui no chão
Colocar o box do lado
E ouvir um som do GOG, mano em pesado
Câmbio Negro e Racionais, meu irmão
Afinal o que bom tem que ser provado
Tanta coisa boa e você ai parado, acuado
É por isso que insisto
Sou um preto atrevido
E gosto quando me chamam de macumbeiro
Toco atabaque em rodas de capoeira
E toco direito
Minha cultura primeiro
O meu orgulho é ser um negro verdadeiro
[Refrão]