[Verso 1: Nauí]
Rotulado por padrões
Situações que falsos moralistas te julgam e se impõem
Afetando de forma ofensiva as suas decisões
Onde muitos pressupõem diante as multidões
E creem em moldes de corações
Prefiro as minhas canções que atravessam as dimensões
Pois sinto uma hipocrisia fudida nesse mundão
Muita vida vendida e oprimida pelo sistema do cão
Corrida bandida, bala perdida
Mais que em São Cosme e Damião
Onde uns se prendem na pedra e outros curtem com papel e tesoura na mão
Controlando minha maluquês ao som de Raul Seixas
Eu só queria "mais lucidez"
Essa foi minha deixa
Me deixa que o maluco beleza não se queixa
Estereotipam qualquer indivíduo até por uma simples madeixa
Vendem tanta etiqueta nesse mundão
Divulgando por meios de comunicação
Pra gringos, meninos, homens e mulheres
Eu sei, parece estranho comer com pauzinhos quando se existem talheres
[Refrão]
Julgado por viver de forma natural
Eu continuo orbitando nesse espaço sideral
E louco pra chapar. Da o play nesse som que eu to louco pra chapar
E quase dando uma pane cerebral pois eu não sou louco apenas vivo num mundo que não me permite ser normal
[Verso 2: Froid]
Eles levaram tudo que eu gostava
Sabiam o que eu gostava
Sabiam onde eu morava
Meu par de asas e o que aliviava gaza, Nasa, ET, telefone, minha casa
De homens à ratos. O homem bicentenário
Quem criou a lenda é mais cruel que o Homem do Saco
O homem da casa sem contracheque é só um homem de fato
Um homem feito sem defeito é um homem de aço
Mas pa**o a pa**o eu fui me tornando proprietário, proletário, propriamente dito
Cujo contrário, iluminado, em ação, reflexão
Exibição no farol alto no asfalto com fundos da contramão
Eis a maldição divina que ensina. Vou encarar e eu não vou parar
Oportunista feito um carcará
Vou cremar na fogueira o meu crachá
Terça-feira de bobeira. Uma chácara e uma xícara de chá
[Refrão]
[Verso 3: Sampa]
Perdi o medo de viver
Percebi o que é morrer
Senti apego por saber
Compreendi a fé e o ser
Sobreviver e ver que é preciso renascer
Pois crescer, trabalhar, enganar, matar é vencer
Mundo de lucro e troco, louco e porco
Surto e choro
De fato farto. Ri fraco, falso
Falo só do que faço
Tudo é pouco pelo jogo escroto vicioso
Reparo. Não reparto, registrado só no contrato
IPVA, HD, TDAH, HIV, CNH, RG
Programado a obedecer. Fingir, não perceber
Vai fugir ou vai correr? Orientado a se esconder
"Atormentado" R.A.P
19993 na busca do que pulsa
A rua é loucura. Fuja ou a**uma a sua
Sem desculpa esquece a cura
E vê se aguenta o baque
Sociedade, quem tu acha que criou o crack?
[Refrão]