[Verso 1: Froid]
Eu era igual você, com mais conflito que desfecho
Eu me senti estranho, eu nunca me senti eu mesmo
Parei num beco estranho com um cara que ja foi preso
Me vendeu uma substância que substitui desejo
E a vida não me deu sossego, eu perdi o medo
Depois perdi meu pai, depois perdi o emprego
Perdi minha virgindade, eu virei homem cedo
Eu tava era perdido e foi aí que o rap veio
Irmão, fui eu quem fiz porque que eu nao posso dizer?
Se vem dentro de mim porque que eu não posso cantar?
Quão duro pode ser falar tudo que o olho vê
Mas agora cê ta com medo de mim e não quer mais me respeitar
Na cidade do Olavo Bilac, os muleke, compram beck com a grana do papi, ha
Só que o rap não é igual pesque-pague e não da pra comprar rima pra botar no boombap
[Refrão: $yro]
O clan mais louco do Brasil, com os parceiro de Brasília
Fechou com a família, isso é 2° via
Memórias em blocos, sua mente não esquece
Dama**aclan e Um Barril de Rap (2x)
[Verso 2: Yank]
an*lisando a dor, testemunhando
Ando e chegamo aê, sem prevê
Rap não é querer fazer
Cê tem que viver pra se inspirar e se pá escrever
E eu escrevi sem saber poesia
Eu só rapto a luz do ambiente e capto a fotometria
Full frame, com foco no game, anoto N
Memórias em blocos, decoro minha casa com fotos
E não me importo como vão me receber
Eu só tô transmitindo aquilo que preciso me desfazer
Eu tô me aliviando, camufladô
Tô de visita nesse barraco, então eu cago com chuveiro ligado
Sem deixar rastro, rastejo baixo em meio ao terror, sistema é o pavor
E eu faço o favor de desligar o vestilador, doidô
Sem saber o destino da pa**agem
Mas a liberdade não é a meta, é o modo de seguir a viagem
O parque fecha mais cedo pra quem tem medo
E se a vida é o ingresso, eu quero acesso a todos brinquedo
[Refrão: $yro]
O clan mais louco do Brasil, com os parceiro de Brasília
Fechou com a família, isso é 2° via
Memórias em blocos, sua mente não esquece
Dama**aclan e Um Barril de Rap (2x)
[Verso 3: Sampa]
Abraça o mundo, nêgo, o mundo é nosso, tudo que posso
Eu me envolvi, não dá pra voltar
O Brasa impõe respeito, vai ser do nosso jeito
Se depender de mim não vai naufragar, ó
Eu sei que ta foda, que to em falta, o sonho não para não
Que a vida me cobre, toda revolta tem que ter função
Eu fiz um pacto que impactou no que hoje é
Foi como um rapto que captou toda aquela fé
Só que o momento me pede uma calma que nunca tive
Pede uma alma que era tão livre, como o relógio que o tempo parou
Foi como o silêncio do tiro da arma
Que ele me disse: “Aguenta esse fardo, não se divide, lembra do tempo que o vento levô” uô