[Verso 1: Sam The Kid]
Eu continuo a viver de forma justa
E o meu redor regista
O meu suor ofusca um alpinista
Que pensa que é feliz sendo egoísta
Um triste, um idiota
Que quer tapar à vista um barrista não patriota
Não sabe o que ser amado
Não pa**a de um ser amargo
Meu bairro é o Pilar que não largo, sou Saramago
Aqui não há cabeça que não conheça
Que a ideia da fuga não prevaleça
E eu permaneça onde eu sou mago
E que se eu bazar que parta sem rancor e sem remorso
E que leve o amor para meu reforço
A minha siamesa se a coisa se atar
Porque eu não vi um três, eu vi um dois, eu vi um par
Se apareço em alum lugar, a alegria tem endereço
É onde há interesse de amar, e não amar por interesse
O guito é só adereço
E o preço da felicidade é um mito
Para mim está na cumplicidade
Com um beat que me põe surpreso
Só faltam palavras novas pra eu parti-las todas
Quando encontrá-las são provas que
Eu à partido estou nas ruas onde o calão pa**a
Que eu tenho acesso
É quando eu regresso a casa e finalizo o meu verso
Eu tô feliz!
[Refrão: LK (3030)]
Dessa rotina eu sou refém
Dos dias que não voltam mais
Vivendo como quem não tem
Mais tempo pra perder com o que ficou para trás
Mas esse copo me mantém
Tranquilo nos meus temporais
Os loucos vão vivendo além
Sem se preocupar com a vida que ficou para trás
[Verso 2: LK (3030)]
Eu sou refém das minhas próprias linhas tortas
Cego de fé, desprezo de pergaminhos
Dogmas, eu vejo o tom da ladainha hipócrita
Na entrelinha ainda é a**im que o mundo caminha
Também sou refém dos vício que eu tenho
Pra me anestesiar de tanto problema
Eu sei que ignorar os fatos é só o que me resta
Mas eu diminuo a dose pra an*lisar pelas fresta
Eu vivo num mundo distante em rumo ao futuro próspero
Às vezes viajante, a**umo
Nem sempre fumo, já tô suficientemente confuso
E mermo que eu cruza**e o Atlântico até os portos lusos
Nada entenderia desse plano térreo
Desde os sumérios à conquista de outros hemisférios
Tronos, impérios e guerras
Armas, minérios
Buscando sei lá que merda
Eles só precisavam entender o amor, primo
[Verso 3: Rashid]
O que me faz bem
[?], sentar e centavos
Traz quem mais vem, quais os bravos
Ais em vais, meu laibe que Einstein jaz
Poltergeist tem paz
É o que mais tem
Vai, pastem, gastem, não
Pelo mais vim, pelos meus iguais, tipo Pasquim
Praga no jardim, o sumo do fruto
Do que resta entre a festa e o festim
Ei! O que me faz bem é o sonho de Martin
Zeitgeist, Apartheid em dias modernos
O pesadelo de Freud em meus cadernos
Represento um sorriso de uma ma**a
Semblante de uma raça
Quebra de muralhas, levante de uma taça
Eu me sinto bem, sim!
Mas me sentirei melhor quando meu povo se sentir igual a mim!
[Refrão]
[Verso 4: Mundo Segundo]
Com fé, amor e saúde
Encontrei plenitude
Gratitude na minha atitude
Procuro a virtude
Alta magnitude, sonhando sem altitude
Sem vicissitude
Com rectitude ninguém se ilude
Juventude rude, crude, fast-food e sem valores
Toda a gente sabe tudo
Sabe tudo a dissabores
Demasiados actores, filmes e realizadores
Pseudo escritores, esca**os pensadores e admiradores
Dispenso sugadores de energia, aspiradores
Sonhadores querem pa**ar por cima como aviadores
Sente na tua retina, obra-prima de historiadores
Sina, agitadores de rima, poetas compositores
Batedores e pecadores
Confesso-me à condensadores
As dores que condensam atenuam-se em válvulas de compressores
Só preciso dos que amo na íris como sete cores
No fundo o mundo leva a caneta por onde fores
[Refrão]