[Verso 1] Acostumado a escrever na lotação Meus irmãos cansaram de esperar o trem chegar na estação Paga meu cachê que hoje "nois" é lotação Dando dinheiro pros "boy" que nunca apertaram minha mão Então foda-se o talento Eu tenho irmãos valiosos, sempre foram talentosos, mas levam uma vida a esmo Do que vale a bênção sem a força de vontade que eu sempre tive abençoado por mim mesmo Ouvi dizer que eu mudei Claro que eu mudei Se hoje eu acordei pra ser melhor do que ontem Eu cresci em pouco tempo Não no tempo que te convém Quem é real sabe o valor que isso contém Eu paguei caro demais, quantas coisas eu abandonei Pra viver do que eu sonhei Quantas noites eu chorei Quantas contas não paguei Mas ouvi dizer que o tempo é rei e não para [Refrão] O tempo não para Não para não Não para, não para E o tempo não para Não para não Não para, não para, não para [Verso 2] Então por que sua treta é nossa?
Se eu nunca incentivei nem metade dessa bosta Se hoje quem você ataca já me deu a mão O que será que você faz quando eu viro as costas? Andei recusando algumas propostas E não importa quem você acha que é no RAP, bota fé? O único contrato que eu a**ino a partir de hoje é pra ficar do lado da minha de fé O RAP espera o pior de mim Garrafas de Ciroc e piranhas no meu camarim Mas, não foi pra isso que eu vim, não Não foi pra isso que eu vim Querem que eu colha frutos de sementes que eu nunca plantei Eu não te cobro que saiba das respostas que eu ainda não sei Porque o tempo é rei e não para [Refrão] O tempo não para Não para não Não para, não para E o tempo não para Não para não Não para, não para, não para [Verso 3] Dias sim, dias não Eu vou sobrevivendo sem um arranhão Da vaidade, de quem me detesta E o seu RAP tá cheio de ratos E os seus versos não correspondem aos fatos O tempo não para