Há cidades cor-de-cinza, onde as mulheres
Se agitam velozmente, como o tempo que pa**ou
Que memórias guardam, os lugares esquecidos
As pedras do teu silêncio que eu cruzo dia-a-dia
Onde estão os berços
Dos filhos que carregas
Não os vês crescer na rua, estão dentro de ti, Lisboa
Há cidades que se envolvem de progresso e tradição
Dotadas de uma inteira falta de imaginação
Fecham-se as esplanadas, sujam-se os pa**eios
Gastam-se os Domingos num gigante templo de consumo
Onde estão os berços
Dos filhos que carregas
Não os vês crescer na rua, estão dentro de ti, Lisboa
Ninguém escuta a tua prece, que será de ti, Lisboa?