Uns dizem que eu a**ino Veja, outros, que apoio Marx
Cês querem ser gangstas igual Ballas, Jimmy Coonan
Tão mais pra 7Belo
Eu tô tipo Morello
Dando gancho nesses Peter Pan
Eu jogo, eles ficam estagnados, igual Pebolim, não erro
Grafitei uns versos no muro de Berlim, depois derrubei
Com feitiços híbridos, do AP ao cortiço geral hiberna
Trazendo baderna às tavernas, e luzes às cavernas
Mestre de obras, moldando concretismo no meu alicerce
Entrei nos dezoito com mais esquemas de rimas do que minas
Pra executar esse cárcere que sobre mim se exerce
Fiz mágica a partir de duas manas que são obras primas
Plenos asnos em pleonasmo sem questão
Sequestram meus orgasmos, fico pasmo
Plévias fazem marasmo do meu sarcasmo
Pleurisia e asma, cada trago o sabor é asmo
Sem fazer fofoca, só foca, tá? Porque eu não vou acatar
No pênalti nóiz cava com calma, o cavaco tu vai catar
Intimação penal pra ti, no meu penal tinha uma Katar
De canudinho no Milk-Shake, chique como um Sheik do Qatar
Observo o pêndulo sendo obstante
Por obséquio, minhas dívidas quero pendurar
Vou me pendurando pra poder obter
Algo que nada possa obstruir, que possa perdurar
Inúteis como amígdalas, eu extraio esses estranho
Obliterando adversários, observando a ampulheta
Amputando o punho desses zé punheta
Estacionando minha mão em oblíquo na tua cara igual o Vegetta
Ei, ontem eu estive onde? Vi o mundo igual Stevie Wonder
Obtive visões vis e o visto da autocinesia
Contive a cobiça de beber da fonte
Limpei vísceras da sepsia, visco pra epilepsia
Quem diz que grana não trás êxito, sem hesitar
Não sabe aonde gastar
E eu só pensava em suicídio
Me matava de trabalhar
Não tranca rua Exú, tô tipo Goku e Ogum
Não vim pra ser Egum, não só mais um algum comum
Um copo com rum pra descer o MC que eu fiz desjejum
Eles podem transgredir que vão ser sempre Medium
Esculpindo minha arte barroca em barro, enquanto
Tua rima é pouca desde a época de broca
Tô trampando de diarista, varrendo MC's pra fora
Piando tipo a jiripoca, fenômeno, pororoca
Meu quórum é o Olimpo como Cronos eu como o que produzo
Eu sumo com teus cromossomos, quem consome eu abduzo
Vou banir esse bando, um tanto que tenta tanger meus provérbios
Agora, na ágora, os adversos sofrem com meus advérbios
Estudei a morfologia, "morfei" as rimas mais finas
Te tiro do sono, ou te ponho de novo, Morfeu ou Morfina
Trago o advento aos apêndices de aprendizes
Forças motrizes em diretrizes que abalam matrizes
Lapido a lâmina do cutelo oculto em palavras
Delírio que inflama Otelo e o vulto que para as lavras
De súbito surge o abominável, não subestime, colapso unânime
Fazendo abdominais com os relapsos, te reprime, abdique o sublime
[Refrão]
Carrego o fardo e a farda, vivo com a flora e a fauna
Corrijo o fauno e a fada, entendo o de fora sem a fala
Sou o marujo que mata o Kraken, cuspo, rujo e não fujo
Falta de ração que pôs à berrar a aberração
À quem, cujo eu sobrepujo sem ser sujo
Tração à atração, te trouxe a prostração
[Verso 2: Uthopia]
Masaw é meu cineasta
Grana, poder e respeito igual The LOX
Uma mão no aço-inox, e outra no volante do fox
Manicômio nesse apocalipse, visão maniqueu
O money e eu igual eclipse, inane nesse breu
Derrubando-os em sequências, a vida é um tabuleiro
Botando eles pra cama, tipo o dono de um puteiro
Teço as teias, se eles caem, eu acerto na mosca
Faço mascotes de quem se acha animal, almas foscas
Inerente ao charme, Va**ili pra não ter alarme
Hoje é dia de acabar com as pedras do Barney
Nato igual Tânato, compondo melodias soníferas
Eu e o berro, Riggs e Murtaugh, máquina mortífera
Fiz 3 ligações pra formar a propina
[Verso 4: Uthopia]
Caio na rua igual Danny Glover, em cada frame se vê
Em cada decibel se ouve o que houve
Que bom se fosse um doce ao invés de um coice
Ela tosse e mostra a foice
E hoje à noite, não tem fresta pra tolice
Vi ela na viela, a donzela que tem a tutela do espólio
Entrei seco na vingança, isso é intrínseco no meu portfólio
Saquei o níquel, um projétil atinge o busto
E vultos tomam sustos
Enquanto o robusto fica irreconhecível
Senti o sangue e aglomeração no perímetro
Poderosa como um tanque a ação da 9 milímetros
Que me trouxe a pane em um piscar, ah, dane-se
Sala alvejada por inteira, alvejante em sujeira, Vanish
No leito um jarro com um copo-de-leite
Jorra o líquido rubro, gatilhos astutos
É o fim de um surto, que faz um homem
Entrar em curto, um pulo, e acabou-se tudo
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[Intro: Uthopia]
Criando minhas constelações
Não vou conter minhas ações
Aberto o decreto já puxo um danone, jamais alone
Um salve pro Bruno e o Marrone
Seu guarda eu não sou vagabundo
Só jogo meu jogo igual carteiro Malone
Não neguem Uthopia, trago neguentropia
Entre minhas barras mais densas eu te deixo preso
E pra tuas filosofias calvinistas eu digo: Hum, é mesmo?
Rimas mais afiadas que as 2000 Ginsu
Mais folgado que a samba canção do Arlindo Cruz
Alcalino, igual Alcatraz, neutralizando o ego dos Baiacus
Enfiando a cabeça no teu buraco igual um Avestruz
O livro que eu não abro mais
A rua que eu não ando mais
Em qual esquina que eu vou ver ela
Em qual viela, ou em qual janela
Que dia que vou ter paz
Cacei borboletas que infestavam meu estômago
Me larguei de um imago, e as pragas esmago
Na noite como um morcego nesse amor cego
Com o ego num prego, propagando o que prego
O que te gela? Uma tigela vazia e uma vidinha singela
Ou ver ela viver em meio à mazelas e sequelas
Na minha vila um Villa vira vítima à cada crepúsculo
No jogo de xadrez com a morte, e em guerra com o pêndulo
Sequestrei o olho de Hórus, e agora oro pra ter a visão
Mas entrei em depressão, depois de ver a morte na televisão
Não é tântrico esse coito, somos tratados igual gado
Eu, a sorte e Deus nesse 288, afoito e embriagado
Jogando canha pro santo, que ganha um tanto por mês
Que um porco rico coleciona toda vêz que faz teatro pra vocês
Visão Raio-X, raios laser, hoje não é teu dia de lazer
Tu não aguenta o choque, tá igual o Lasier
Se tu vacila eu encarno Va**ili, ou o Morte Branca
Arranco o papo do Willys, que vai ficar só a pelanca
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