[Verso 1: Qualy]
Tô disposto pra ver meu fascínio
Atirador de elite, olho clinico
Não vou escutar tu falar, segurança se coça
Pode tentar embaçar mais essa borda já é nossa
Despretensioso, se põe no meu lugar
Casamento injusto, farsas no altar
Mas que mundo injusto
Vem cheia de riso
Quanto mais eu piso
Mais ela quer dar
Descaso da minha parte
Ou melhor, planejamento
Bem treinado
Eu não acredito que cê tinha acreditado
Que ia mudar minha opinião, foi tudo em vão
O que tentaram me falar quando eu já tava
Bem chapado
Não acha que eu "tô" pá
Tô na menor pra esses papos de boteco
De orelhadas e xavecos eu pa**o reto
Simpatia é só em Marte, não é a**im que o carro anda
Cê não vai me conquistar me pondo um "teco"
[Refrão: Qualy]
Mais do que carro e moto
Mc's provem seu valor
O descaso não é por acaso
O ralo é mais largo, H.Aço
Festa lotada mó calor
Mc's provem seu valor
O descaso não é por acaso
H.Aço, o lago é mais raso
Arrombado falo!
[Verso 2: Ber]
Morcego alimentam o seu vício
É festa no porão do edifício
O precipício é logo ali
É só o início Mohamed Ali
Galo bom de briga com o mic
Boxer da antiga em "Cali"
A rapariga me pede Campari
Ela se estica com o bonde no baile
São energias e olhares e poesias vulgares
E na frequência, sintonia a milhares
Indecência anuncia sapiência e putaria
E eu não tenho paciência pra falta de inteligência
Sabedoria pra escolher a gata persa
Chama as amiga pra fechar a conta certa
Duas pra um me interessa
Bebe rum e não tem pressa
E no final my bedroom pra completar a peça
E não adianta fala, pela o saco e gritar, eu não vou considerar
Se tu vier pra forçar querendo manipular
Você vai ter que pular daqui pra outro lugar néma
Porque o santo aqui é forte, Cartel é Zona Sul e Haikaiss é Zona Norte
Abençoa São Jorge, que a rima tá no porte
A alma voa...
[Verso 3: Daniel Shadow]
Egos inflados vão cegando vermes sem glórias
Malditos ba*tardos, otários morrem otários, nós somos ricos sem jóias
Deixa vir fi, eles querem atalhos, mas relíquias são raros
Sábios gritam calados, valores continuam invisíveis aos olhos destreinados
Tupiniquim sem mainstream, sim!
Eles invejam bens que tem prazo de validade, neguim
No fim vão se matar sozim
Não vai sobrar ninguém, cês vão cobrar de quem?
Veja bem onde pisa, Cartel e Haikaiss
Onde a garoa encontra brisa
O sagaz bebe o veneno mais não se contamina, jamais!
[Refrão]
[Verso 4: SPVic e (Spinardi)]
Tendo o estado de consciência plena, vivo sem vínculos!
Círculos sociais reciclam parte de um problema
O meu desgaste é sempre um tema
Ação não se condena
Quando me olharam torto a consequência foi interna
Não se faça de vítima, somos todos autores, compondo cinismo das dores
Pintando sem cores
Convém (beijos sem sabores, mulheres que querem (dizem)
Na espera de beleza eterna ou dinheiro, dispensaram minhas flores)
Pensem em sonhos amadores inspirando cantores
A fantasia crônica que molda alguns valores
Respaldo alguns fatores e desbravo o seu íntimo
Sinto que como Paulo Coelho conhece o místico, eu prefiro o síndico!
Reação dos racionais, (símbolo de ancestrais) regendo a força do espírito
Sempre foi cíclico, então já tanto faz, (tanto fez), somos nós outra vez
Por vocês, mas...