[Refrão - keni]
Tu tens de ser líquido
E só te moldares ao íntimo
E só tens de ser líquido
E só te moldares ao íntimo
E só...
[Verso 1 - Praso]
Teu corpo tem perigo
Minha arte é contigo
Eu sobrevivo sem motivo
Onde me inspiro no vazio
Um corpo não é a resposta
É só um copo
Preenche com o melhor licor
Ou serás morto
Por desporto, sou apenas a ramificação
De um ramo todo sem perspetiva
De quem derrama Vinho do Porto
Dificilmente chegarei a bom porto
Mas não será o mesmo que o outro
Sem medo da rotura
O tempo nada dura
Mistura loucura química com pura
A liberdade já é tua
Sem fundações nem estruturas
Mas há algo que a segura
Sociedade, vozes na cabeça
Tortura, o pa**ado é mais marcante
Que a agulha que tatua
Portanto não fiques entre tantos
Atua
Enche a tua
Alma e partilha pela tua família
Brindes, convites amigos e pedintes
Ouvintes e mais fodidos
Abram os ouvidos
Não somos garrafas
Mas somos líquidos
E tu
[Refrão - keni]
Tu tens de ser líquido
E só te moldares ao íntimo
E só tu tens de ser líquido
E só te moldares ao íntimo
E só...
[Verso 2 - Drunk n***a]
Nas minhas veias corre líquido
E tudo do que eu vivo vem escrito
No rótulo duma garrafa de vinho
Colheita 83, cruzamento, afro-tuga
9 Meses em fermento, até virar-se um tuga
E no barril
Estilo conservado pela adega
Escorro pelo cantil
Deixando um aroma a erva
Nem preciso de respirar
Para ganhar propriedades
Pa**ei tempo a apurar e a destilar verdades
Já vivi por entre as grades
Criei identidades
Pa**ei em vários lugares
[?] discos e cidades
Aberto pela carica
Bebo da pressão da mesma
Sinto a pressão da vida
Até em cima da mesa
Whisky para sobremesa
Com 33 de volume
Um malte de excelência com experiência
Neste a**unto
Íntimo o meu mundo
Líquido no fundo
Só o rap a**unto
[Refrão - keni]
Tu tens de ser líquido
E só te moldares ao íntimo
E só tu tens de ser líquido
E só te moldares ao íntimo
E só...