Meu filho peço desculpa no começo desta carta
Eu sei que tu não estas bem mas a mãe já ta farta
Nao sabes o que eu choro sozinha nesta sala
Olhando pó tambor e a contar as balas
A tua vida é rua e pêga, chegas sempre com a estála
E a tua vida tanto adoras, nao há forma de bangála
A tua irmã ja nao me fala, nem me olha na cara
Seguiu o teu caminho e ja ninguem a pára
Já nao pára em casa há semanas e semanas
Nao sei nada de vocês, nem uma mensagem mandas
Sei lá eu onde é que andas, seguiste o teu caminho
Apoio nao te faltava e preferiste ficar sozinho
Os vizinhos falam bué, dizem que o menino andré
Que era um menino educado hoje em dia nao o é
Eu ja perdi a fé, nem me aguento em pé
Podes bem ficar sozinho pois nao és nenhum bebe
A vida avança, vai avançando com ela
Nao queiras estragar a tua, vida real nao é novela
Pedradas e cadelas é o que tu queres pá tua vida
Cagaste em toda a gente, já nem ligas há familia
Filho pa mim ja chega nao consigo aguentar mais
Eu só rezo pa que subas, mas quando sobes tu cais
E a queda é grande mas ja tas habituado
O teu estado é degradante, tens o sangue envenenado
Sempre tive do teu lado quando nao teve mais ninguem
Olha a tua recompensa nem te lembras que tens mae
Tudo vai tudo vem, eu ja nao tenho nada
Tu viras-te um vagabundo e a tua irmã uma agarrada
Eu bem tento andar na rua, de cabeça levantada
Mas todos me olham de lado e falam que eu sou a culpada
Eu nao tenho culpa de nada, fizeste a tua cama
Agora deita te nela e tapa o teu proprio drama
C'est la vie, a vida é mesmo a**im
Quando tu leres esta carta nao tenhas pena de mim
Porque aquilo que eu fiz por ti, e pela tua irmã
Fazia novamente sem pensar no amanha
Vocês sao as minhas crias que eu criei com alegria
Mesmo tando toda enterrada sabem que nao vos deixaria
Mas tu escolheste a tua vida, tra**aste a tua rota
Tas num beco sem saida, a tua vida é cambalhotas
Eiii, hoje tas num beco sem saida
A tua vida cambalhotas, toma nota
Que hoje tas num beco sem saida
A tua vida é cambalhotas
Refrao:
Ca vossa vida é mesmo a**im, choradeira e gritaria
é o prato do dia, e eu ja me culpei a mim
Mas tudo tem o seu fim, e eu ja tou no fim da vida
E há vossa pala tenho feridas bem vivas em mim
(x4)