Rasguei-me como um raio rasga o céu
Iluminei-me todo de repente
Negrura permanente
De noite enfeitiçada
Queis ver-me com pupilas de vidente
E arrombei os portões à madrugada
Mas nada vi
Caverna de pavores
Só com tempo e vagar eu poderia encarar
Castigar e perdoar
Tanta abominação que em mim havia