[Verso 1: Joca]
E eu nem queria me gamar, já era quase 7
"Sem motivo pra reclamar!" a vida me remete
Ela sobe pra iluminar sem ter quem conteste
Tão longe de me apaixonar, era só um teste
Mas já deu tempo pra cismar que podia dar brete
Por dentro vi e animar e soltar uns confete
Noiz na Protásio a rumar pela sona leste
O que me resta é só olhar até ter algo que preste
Ela pronta pra dizimar os trouxa que se mete
Que na rua tenta difamar, chama de piriguete
Ela parece conhecer os vacilão então não dá uma fração de chance
E se moscar toma um bofete
Que blefa sem legitimar tem todos os valete
Se demora pode reclamar porque pagou o frete
E não vai mais se enganar com nenhum cafajeste
Se precisar, vai exterminar como no faroeste
Cabra da peste, hein!
[Refrão: Black Velto]
E eu nem sei quantas paradas já pa**ei
Por quanto tempo te olhei, timidamente
Alguns bancos na minha frente
Eu não sei quantas vezes mais eu te verei
Por quanto tempo te terei na minha mente
Por que não num lugar diferente?
[Verso 2: Joca]
Será que ela é de tomar uns mé na lanchonete?
Se pá também é de fumar, acender uns ret
Se pá tem dim pra invernar no calor do nordeste
Quiçá mais longe, hibernar na gringa: Bucareste
Mas se pá tem que se virar numa quitinete
Só sonhando cruzar o mar enquanto reflete
A viagem a terminar e ela de borest
Minha mente veio atucanar e me falou "Investe!"
Nesse lugar não vou chamar, é coisa de pivete
Vou ficar gel pra não tomar um toco no basquete
Sou envergonhado, melhor ficar aqui de lado
Vai que ela tem namorado, já me basta até mesmo um peguete
Ela levanta pra retormar o meu plano maquete
Com o olhar a esquivar pra que me alfinete
Não consegui nem acenar com o olhar que me deste
Foi o bastante pra culminar num fim que nada reste
(Que nada reste)
[Refrão]