[Verso 1: Dum-Dum]
Na minha infância quis um kart, não tive nenhum
Só boy vira piloto de Fórmula 1
Todo pivete quer ser bombeiro, eu tinha outro sonho
Catar o vigia da Preserva recarregando o caixa eletrônico
Não usei minha inteligência em prol de nenhuma empresa
Só pra pra por microcâmera pra gravar sua senha
Deixar a vítima surpresa no telefone...
Seu saldo disponível é zero, perfeição no clone
Detonei a dona da joalheria com explosivo
Fiquei dois anos aguardando o julgamento no distrito
Pra ver que não dá lucro, o magnata viúvo
Chorando de Bulgari, óculos escuro
Não valeu perder os dentes no taco de beisebol
Choque no pinto, matar por um banho de Sol
Ser quase extorquido pelo bolo podre da carceragem
Que inventa dívida pra te matar na crocodilagem
É raro ter eu no crime com sítio no bairro elegante
Com esconderijo subterrâneo ou com foguete antitanque
No crime o prêmio é ser mais um defunto apodrecido
Outro relatório na prancheta do perito
Não quero parente no IML atrás de mim
Nem minha mãe vendo o meu caixão e achando que foi melhor a**im
Tô pendurando a carabina e a granada holandesa
Tirei meu carro da Estrada da dor 666
[Refrão 2x: Moysés, Eduardo e Dum-Dum]
Na estrada da dor é só caixão descendo nas cordas
Na estrada da dor...
É só necropsia, ROTA, sangue e vítima morta
[Verso 2: Eduardo]
Ninguém mete um B.O. e se regenera com lucro
Termina com um PM vigiando no muro
O ciclo vicioso corrói sua alma
Quanto mais dinheiro entra mais eu compro arma
Sempre pensando na planta do plano seguinte
Se a porta do cofre cai no maçarico ou na dinamite
A banca que ia baile no peão do sábado
Virou uma caixa de sapato de santinho guardado
Devia ser exemplo o papelão do caixão preto
O trator te levando pra cova de qualquer jeito
Mas a sempre a gente pensa na nossa vez é diferente
Eu vou entrar, matar o gente e sair livremente
Queria imitar o Michael J. Fox no "De Volta Pro Futuro"
Voltar no tempo e evitar muita dor e luto
Campo minado de ato covarde
Outro paraplégico por um par de Nike
No pa**ado baralho, banco imobiliário
Hoje é recurso pra segunda instância no judiciário
Na rua não quer ser a mão de obra barata
Pra no X ser a mão que faz bola de graça?
Quê que adianta seu fuzil, relógio de platina
Se nem por milagre chega a 25 de vida?
Mesmo o rico pedindo punhal cravado na cabeça
Vou pro desvio da estrada da dor 666
[Refrão 2x: Moysés, Eduardo e Dum-Dum]
[Verso 3: Dum-Dum]
Quanto vale seu Honda Civic equipado
Na garagem do seu advogado?
Dinheiro de crime é maldito, fruto de desgraça
Vem com a cara do diabo na marca d'água
Que porra de quadrilha, que mano lado a lado
Ó o seu parceiro no tático com o dedo apontado
Ó a sua coroa no ponto sozinha
Pedindo carona pro motorista pra te fazer visita
Quando o seu corpo tiver se decompondo no matagal
Não espera sequer um cú te cobrindo com jornal
Vão correndo dar os pêsames pra sua viúva
Pra xavecar arma, bombeta, morto não usa blusa
[Verso 4: Eduardo]
De Mustang Madison, 32 tiros
Todas vaca dão o rabo, pegam senha pra ser seu amigo
Mas na UTI entubado, cadê sua gangue?
Nem a puta que falou te amo vai doar sangue
O jogo é claro, sanguinário, objetivo
Ou você é escravo de um patrão ou número no presídio
A única coisa de valor é sua liberdade
Não deixa pra ver tomando facada atrás das grades
Não tem preço ver as criança brincando na praça
Por mais humilde que seja poder voltar pra sua casa
O crime é estrada da dor 666
É um filme de terror dirigido pelo capeta
[Refrão 4x: Moysés, Eduardo e Dum-Dum]