Ilhado na imaginação
Que mar de fantasia!
O poeta vai cantando
Estórias tão sem história
Da tristeza e da alegria
No seu veleiro sem vela
Peixe que voa
Ave que é proa
Tem o Barão
Triste Barão
Um homem sem reinado
Tem gira**óis reluzentes
Tem leão rei coroado
Navegando, navegando
Navegando sem parar
Dedilhando sua lira
Fazendo o vento cantar
Em seu devaneio
Imagens diferentes
Cavalo todo de fogo
Mulheres metade serpente
Nessa ilha inventada
Procurando sua amada
Seu candelabro, astro-rei
E a mulher imaginada
Desperta então o poeta
Clamando Orfeu, clamando Orfeu
Uma luz nas trevas se acendeu
Mentira pra quem não crê
Milagre pra quem sofreu