Canindé 1940
Um amanhã
Possível realidade
Uma honestidade
Humanidade nua
Um despejo em papéis
Um pedaço da fome
Invadiu
Resistiu
Infiltrou
Corroeu um sistema e foi pra cima
Muito bem, Carolina
Pérola preta, espelho da vida
Pé na porta de uma cidade letrada
Levantou a cortina da hipocrisia
Do monturo à alvenaria
E então o silêncio
A morte da poesia
Te escuto e te vejo
Dizendo e escrevendo:
“A favela, é um quarto de despejo”