Eu olho em meu redor e nada é tudo o que vejo O meu mundo perde o valor no momento em que o deixo Não quero entrar nos eixos, no mínimo cravo uma bala A vida não pa**a depressa eu é que não sei aproveitá-la Só sobrevivo neste meio, considero um golpe de sorte Calo a palavra que me compromete para que ela não me enforque Tudo pela febre do além, nada para além do fim O destino oferece-me uma crença quando nem eu confio em mim Abracei toda mágoa que arrastei até este ponto Eu nunca tencionei falhar, mas se falhei! Falhei e ponto! Seria esse o suposto, cristais escorrem pelo rosto Tornei-me rouco no sufoco de acabar em folhas rasgadas Das lufadas que respiro, nem uma porção de ar puro E já esgotei todo o oxigénio que contém este quarto escuro Eu juro! Já nem a sós me tenho sentido seguro Se a sombra que me acompanha destrói o seu próprio futuro Vario a minha essência, tornei-me naquilo que abulia Ergui em mim anomalias que não secaram com terapias Fiz mira a novas chances mas vi que nunca as atingia E reparei que não me encontrei por esta bússola que me guia Eu não soube para onde ia, mas agora sei para onde vou
Primeiro quarto do corredor afogar-me em queen margot Desa**ociar-me a quem eu sou e embriagar o meu pa**ado Agarrar-me ao vício de artifício que me deixa alterado Até que nem é mal pensado, reflito leve como palha Destroçado de sorriso falso e ver de tão perto as minhas falhas Não há batalha que me valha, eu só acumulei enganos E ainda há quem diga que dava tudo para ser tudo como era d'antes Sofri perdas por achar que era demasiado cedo Para certos pontos que acabaram por escapar por entre os dedos Tinta que escorre calou os medos e é por isso que... Folhas riscadas desabafam um extenso número de segredos Despertei neste pesadelo! Prefiro manter-me iludido A realidade não corresponde a aquilo que eu idealizo Convergência entre sentidos, raro é ser compreendido Desgosto intenso, lentamente estado de espírito corroído Fiquei a um pa**o da sanidade, desistência por ansiedade Resido num quarto turbulento, choros viram tempestades Que escorrem pela face de quem se sente incompreendido Desorientado no vazio, qual é o preço da felicidade?