Primeiras atividades, fui mais um produto igualado Enquadrado num panorama onde a diferênca é novidade Regras são pré-estipuladas, se as quebras és quebrado Por um impacto rotulado contra a tua atividade Extrutura corporal amplia mas o encéfalo está em atraso É comum no ser-humano mas a inocência tem um prazo Limitada à partida, mas não se aplicou no meu caso Consciência por vezes é esca**a, permanece num estado raso Realizas o impensável, desejos nunca em ti incutidos Frutos da influência de quem não encontra o seu sentido Encontras-te perdido! Mas tu nem dás por ela Desvios só perdem o encanto quando acabas numa cela Eu refletí e quando saí escreví uma "Cada Um Por Si" Com intuito de procurar justificação para o que fiz Certo é que não me encontrei mas o rap encontrou-me a mim E sobre um beat descarreguei tudo aquilo que tinha escrito Experiência foi aliciante, o método é hoje obrigatório Melodia como terapia, sessões de choque em sanatório Hoje só me perco em folhas brancas, são algo contraditório Às papeladas preenchidas em divórcios e velórios Vivência desfeita em fragmentos no que toca ao ramo parental Originados em picos de discussão ou na traição de um orgão vital Eu tenho saudades de velhas merdas que têm um valor incondicional Mas o viníl que vai girando não tem recúo temporal Ainda recordo o clima familiar, mas extinguiu-se esse gosto Ele perdeu-se num anúncio numa quente tarde de Agosto Lágrimas caem sobre esta página, lembranças escorrem pelo rosto Mas nada retoma o velho ciclo, e agora o que é suposto? Já nada vos irá trazer de volta para debaixo do mesmo teto Eu só me pergunto do que é feito da velha harmonia e afeto E quem me dera que toda a dor só se foca**e nesse aspeto Vó, tu desce cá em baixo só para vêres o fardo que eu acarreto! Protege o teu neto, ele tem caminhado sozinho Efeitos da misantropia têm guiado o meu caminho O ser-humano é tão frio
Que tudo o que agrupei até hoje tem sido destruído Faço a contagem deste maço! Prendi-me ao vício! É mentira Matei-o como últimas picas que não me atenuaram a ira Eu vi que filtros amarelados, antecipam despedidas Então só faz sentido queimar todas as linhas escritas Porque se o que arde cura, então queimem este caderno Eu estou disposto a dar um terno e virar cinzas neste inferno Porque não quero que seja eterno, esta essência no meu interno E transportá-la por influências num futuro laço paterno Desgraça, crime, dor, praga, falha, quebra, corte, morte Desgraça, crime, dor, praga, falha, quebra, corte, morte Desgraça, crime, dor, praga, falha, quebra, corte, morte Desgraça, crime, dor, praga, falha, quebra, corte, morte Desgraça, crime, dor, praga, falha, quebra, corte, morte Desgraça, crime, dor, praga, falha, quebra, corte, morte Desgraça, crime, dor, praga, falha, quebra, corte, morte Desgraça, crime, dor, praga, falha, quebra, corte, morte Lembras-te de mim miúda? Eu ainda me lembro de ti Como a presença que contribuiu para a pior época que eu vivi Friza isso sim? Embora eu saiba que não te interessa Escutar a paranóia de alguém para quem já não tens cabeça Mas se queres saber... Eu quero mais é que te fodas! É claro que não queres saber! Nem de memórias te recordas! Já dei ao certo quantos nós na corda? (Bruno...Acorda!) Achas mesmo que vale a pena, só porque isso me incomoda? Não! Eu já não me enquadro nisso, nada merece o devido valor Já nem me arrasto por vontade própria, ainda querem impigir favores Só sobrou mágoa, frustração e doses impróprias de rancor De quem aparenta ter valor, mas já não pago por essa dor Não, eu já não me encontro! Depressões tornam-me esca**o Eu não aceito aquilo que escrevo, só risco e acumulo cansaço Divago em rimas e batidas, até perder a noção do espaço Imaginando em mim o brilho que contrasta o meu fraca**o