[Verso 1: Pacho]
É... o jogo é sujo, mas eu não me iludo
Já sou véi de guerra, meio carrancudo
Daqueles que vai encher sua cabeça de cascudo
Se vir rebolando a jaca igual as puta do menudo
Se tu não quer ouvir, tampa o ouvido
Se não tiver respeito, pra mim tá bom ser temido
E, se quem com ferro fere, com ferro será ferido
Quem foi verdadeiro fica, mas quem não foi tá fudido
E eu pouco me fodo pra sua picadilha
Desde que ela não jogue chumbinho pra minha matilha
O que eu tenho a dizer pra quem mexe com a minha quadrilha?
Um abraço pra você e pra quem for da sua família...
Se mantenha verdadeiro, longe das interpretações tendenciosas
Porque, remédio pra filha da puta que acha que tudo acaba em festa
É ser encontrado no mato todo ensanguentado com um tiro na testa
Eu sei que é uma merda, mas a vida é essa, realidade um tanto indigesta
Regendo a orquestra da vida enquanto os homicida apara as aresta
Não mete essa, eu sei que cê não é tudo isso
Quando mais precisei você se manteve omisso
Usando suas mentiras pro seu próprio benefício
Sua porta de entrada pra beira de um precipício
Você visando puta, cash, d**, mothaf**a
Tentando preencher o vazio na alma morta
Procurando seu posto nessa guerra
Pode guardar suas merda pra alguém que se importa
A vida é loka e cobra de uma forma insana, os que matam por um nike vão morrer de havaianas
[Verso 2: Artico]
E a minha mente me engana até que a tal da ficha cai
Que o caminho que eu percorro o foco distancia mais
Vou sagaz, suave e eficaz evitando que pensamentos cinzentos
Me façam dar pa**os pra trás
Faço a baliza pa**ando onde meu pé nunca pisa
Não é fazendo figa que os problemas se extinguem da vida
Tá sofrida, eu sei, mas desistir não é opção
Se fosse em alto-mar, marujo não largava a embarcação
Firmão feito muralha de mármore, rente, é quente
Nervoso, até ranjo os dente
Ciente, abro minha boca só pra te informar
Que os projetos são projéteis projetados pra frente
[Verso 3: Kiko]
Aonde os fracos não tem vez, nois mostra pra vocês
Que em terra sem leis não existem espaços para reis
Atento a cada louco que me pa**a
Minha visão embaça na cortina de fumaça
Mais um que se vai na tragédia anunciada
Mais um mano perdido leva tiros na quebrada
E eu me pergunto "por que toda essa pressa
Se ter paciência é somente o que nos resta?"
Se vacilar, vai ver a luz pela fresta
Vaso ruim não quebra no arremesso de pedra...