Recordo os segredos das noites de bruma
Recordo os teus dedos bebidos de espuma
Recordo o teu cheiro de amor perfumado
Tristeza em sorriso num corpo rasgado
Por isso te digo... adeus meu amor
Galopo nas estrelas, rompo as madrugadas
Serei milho-rei de mil desfolhadas
Nas camas desfeitas por mim inventadas
Adeus meu amor
Sou já o lamento mais puro e mais triste
O grito que à noite viveste e sentiste
O cheiro, a manhã, se a manhã existe
Recordo o encanto do pranto que é meu
E esse momento em que tudo se deu
Mas não tenho mais nada, amor, para dar
Ganhei liberdade, adeus, vou cantar
E por isso te digo...
Adeus meu amor
Galopo nas estrelas, rompo as madrugadas
Serei milho-rei de mil desfolhadas
Nas camas desfeitas por mim inventadas
Adeus meu amor
Sou já o lamento mais puro e mais triste
O grito que à noite viveste e sentiste
O cheiro, a manhã, se a manhã existe
Adeus meu amor
Nas ondas do mar serei madrugada
Nas rochas mais duras serei mutilada
Posso viver triste mas nunca negada