Havias de chegar ao fim da tarde
Misturado na doçura do poente,
Quando as horas sabem já a eternidade,
E as águias vão voando lentamente!
Eu havia de esperar-te a**im sentada,
Na soleira da porta entreaberta,
À espera de te ver subir a estrada,
Da casa da colina já deserta!
E quando o velho trem, subindo a linha,
Cansado como nós, depois do amor,
Lembrar que a madrugada se avizinha,
Por detrás da cortina já sem côr,
De novo tão perdida e tão sozinha
Chorando cantarei a mesma dor!