LETRA: SAMUEL ÚRIA
MÚSICA: ALFREDO MARCENEIRO (FADO VERSÍCULO)
SE O MEU CANTO FOR ESTRADA, DE TRISTURA
E A VIOLA DER O PASSO ONDE ME ATRASO
NEM O TOM MENOR DO FADO ME CONVENCE?
QUE NÃO FOI MAIOR QUE A VIDA O NOSSO CASO.
VEJO PENA EM CADA ROSTO QUE ME AVISTA,
CADA OMBRO COMPASSIVO QUE ME DÃO.
NEM O PRANTO DA GUITARRA ME CONVENCE
QUE FOI TRISTE A NOSSA HISTÓRIA DE PAIXÃO.
NÃO OFEREÇO O MEU SORRISO ÀS CORES DO DIA
SE A ALEGRIA ME EMBARAÇA, QUAL NUDEZ.
NEM O XAILE PRETO AGORA ME CONVENCE
QUE FOI NEGRA AQUELA NOITE QUE NOS FEZ.
SE NÃO SEI FICAR NO SÍTIO DESTA HISTÓRIA
É UM CORPO E NÃO O AFECTO QUEM SE AFASTA.
NEM PALAVRAS DE SAUDADE ME CONVENCEM
QUE É SÓ ESSE O SENTIMENTO QUE NOS BASTA.