LETRA E MÚSICA: ALBERTO JANES
LÃ VEM BRINCANDO, PELA NAU DE UMA QUIMERA
ESSA GAROTA, QUE FUI EU SEMPRE A SORRIR,
COMO SE A VIDA FOSSE ETERNA PRIMAVERA
E NÃO HOUVESSE DORES NO MUNDO P’RA SENTIR.
AS GARGALHADAS VÊM POISAR NA JANELA
E AO OUVI-LAS TENHO MAIS PENA DE MIM
AI, QUEM ME DERA, RIR AINDA COMO ELA
MAS QUANDO RIO EU Jà NÃO SEI RIR ASSIM!
TENHO A JANELA DO PEITO
ABERTA PARA O PASSADO
TODO FEITO DE FADISTAS E DE FADO!
ESPREITA A ALMA NA JANELA,
VAI O PASSADO A PASSAR,
E AO VER-SE NELA A ALMA FICA A CHORAR!
Là VEM GINGANDO NESSE SEU PASSO MIÚDO
MELENA PRETA, CALÇA JUSTA, AFIAMBRADA
COMO MUDÃMOS, TU QUE FOSTE PRA MIM TUDO
HOJE A MEUS OLHOS, POUCO MAIS ÉS DO QUE NADA!
TUAS CHALAÇAS DE GRAÇOLA E IRONIA
ERAM DA RUA, ANDAVAM DE BOCA EM BOCA!
EU, ERA VER-TE QUE NÃO SEI O QUE SENTIA
TALVEZ LOUCURA, POR TI ANDAVA LOUCA!
DESILUSÕES, AS QUE TIVE
ENCHEM A RUA… Là ESTÃO
A GENTE VIVE DOS TEMPOS QUE Jà Là VÃO!