Quem dera
Ser todos os homens da terra
Gordos, baixos, fortes, louros
Altos, magros e mouros
Todos
E todas as mulheres
Sinuosas
Sussurrantes
Confessar indecências ao pé do teu ouvido
Todos e todas eu
Para que sempre
Quando distraída
Caísse nos meus braços
De outro alguém
Poesia arrudA
Eu sonhava
Com moças
E amoras
Você colhia flores
Sob a lua cheia
De maio
E brotavam
Os primeiros
Ramos
De arroz
Nos alagados
De hanói
Por pouco
Não habitamos
Um mesmo tempo
E lugar
Esse da felicidade
Sem portas
Automáticas