Falando de amor, mais uma vez, mais uma voz Esqueço aquilo tudo que não sabia tão de cor Eu não sei de nada, certas horas sei de tudo Quando as pessoas se falam, as palavras são escudos Eu não sei de nada, certas horas sei de tudo Quando as pessoas se calam, nascem flores ou muros Mas quando a gente se olha mesmo Mesmo por um segundo É a coisa mais doce Que acontece no mundo
É o amor mais tranqüilo, a lucidez da loucura Que nos separa um do outro em permanente tortura Chegou cedo demais para as nossas desilusões Chegou perto demais dos nossos corações É tão forte e sereno Tão sem razão, sem maldade De tanto a gente esperar, parece que chegou tarde De tanto a gente evitar, parece que ficou forte De tanto a gente esconder, parece que nunca morre.