Há um fogo enorme no jardim da guerra
E os homens semeiam f*gulhas na terra
Os homens pa**eiam co´os pés no carvão
Que os Deuses acendem luzindo um tição
Pra apagar o fogo vêm embaixadores
Trazendo no peito água e extintores
Extinguem as vidas dos que caiem na rede
E dão água aos mortos que já não têm sede
Ao circo da guerra chegam piromagos
Abrem grande a boca quando são bem pagos
Soltam labaredas pela boca cariada
Fogo que não arde nem queima nem nada
Senhores importantes fazem piqueniques
Churrascam o frango no ardor dos despiques
Engolem sangria dos sangues fanados
E enxugam os beiços na pele dos queimados
É guerra de trapos no pulmão que cessa
Do óleo cansado que arde depressa
Os homens maciços cavam-se por dentro
E o fogo penetra, vai directo ao centro