* Por trás daquela janela Por trás daquela janela Faz anos o meu amigo E irmão Não pôs cravos na lapela Por trás daquela janela Nem se ouve nenhuma estrela Por trás daquele portão Se aquela parede anda**e Se aquela parede anda**e Eu não sei o que faria Não sei Se a minha faca corta**e Se aquela parede anda**e E grito enorme se ouvisse Duma criança ao nascer Talvez o tempo corresse Talvez o tempo corresse E a tua voz me ajuda**e A cantar Mais dura a pedra moleira E a fé, tua companheira Mais pode a flecha certeira
E os rios que vão pró mar Por trás daquela janela Por trás daquela janela Faz anos o meu amigo E irmão Na noite que segue o dia Na noite que segue o dia O meu amigo lá dorme De pé E o seu perfil anuncia Naquela parede fria Uma canção de alegria No vai e vem da maré Por trás daquela janela Por trás daquela janela Faz anos o meu amigo E irmão Não pôs cravos na lapela Por trás daquela janela Nem se ouve nenhuma estrela Por trás daquele portão * Ao Alfredo Matos, quando se encontrava preso pela PIDE.