Redobrado som, que me vagueia Vozes que ouço, sem querer ouvir Será que é a loucura que pa**eia À espera de por fim me possuir Põem-me no ser imagens vivas Intuídas dentro em mim tenho de as ver E as noites cada vez me são mais esquivas Nas margens de um temido enlouquecer
Num ecrã de formas e de cores Às vezes preto e branco inusitado Desfilam o futuro e seus temores Sem que eu esteja a dormir ou acordado Depois tudo se apaga no meu ser Tudo em mim se cala pouco a pouco Só perdura a dor de não saber Se estou a enlouquecer ou já estou louco.