Entreabro lentamente, o que mais escondo Que o negro à flor da pele, é flor da vida Presumo que me queres e me vais pondo À mercê de uns tremores, a pele despida Que misteriosa dor me vem ao ser Dos confins de mim, p'ra me tomar Que faz que esta ansiedade dê prazer E eu não pare do teu corpo procurar
As nossas bocas cegam p'ra não ver Por onde se pa**eiam endoidadas E as mãos tremendo num ávido querer Acariciam as formas despertadas E quando dentro em mim, longe me tocas Num fundo precipício além da mente Reduzo-me a um suspiro ao som das bocas P'ra me voltar a ser tão lentamente.