As coisas vulgares que há na vida não deixam saudade
Só as lembranças que doem ou fazem sorrir
Há gente que fica na história da história da gente
E outras de quem nem o nome lembramos ouvir
São emoções que dão vida à saudade que trago
Aquelas que tive contigo e acabei por perder
Há dias que marcam a alma e a vida da gente
E aquele em que tu me deixaste não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha, já eu percorrera
Meu choro de moço perdido gritava à cidade
Que o fogo do amor sob a chuva, há instantes morrera
A chuva ouviu e calou meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro trazendo a saudade