Não há riso, não há mágoa Não há escuro, não há cor Há no peito a velha estrada Que se alonga para a dor Não há zelo nem desprezo Não há seca, não há rio Só a voz pede silêncio P'ra se ouvir neste vazio Não há sorte, não há morte Não há anjo redentor Há apenas este fado
Obstinado em ser menor Não há som, não há palavras Não há quente, não há frio Há apenas este nada De me achar neste vazio Fosses meu, todo o meu Bendito amor Ditosa flor do meu chão P'ra não ter de sofrer Bendito amor A eterna dor do teu não.