Cede o chão, a pedra falha
Não há margem para errar
O segredo da toalha
No teu corpo a deslizar
Gira o peito, aperta a malha
De quem sofre por amar
Sou a peça do xadrez
Que pede a sua vez
De jogar
Desce o céu, não há sossego
O sol teima em não brilhar
Não se aponta com o dedo
A quem se quer apontar
Nem se entrega um segredo
A quem não o sabe guardar
Há um desvio que se apresenta
Na terra, no seu girar
Um cansaço que se senta
Na inocência de sonhar
Só minh'alma fica isenta
Na vontade de parar