Tendo por amiga uma viola Vivendo num mundo que era o seu Tinha rosto trigueiro, cabelos longos E o que se visse, nada de seu Seus dedos corriam pela viola Como pela vida o sonho seu Tinha olhar distante, desenquadrado Sonho quebrado, triste plebeu Raiz, rebento, flor que a terra deu
Que sendo amor, cresceu Petiz que o tempo não envelheceu E a sorte trai, plebeu No ombro, o velho saco descuidado E a velha viola sempre ao seu lado Não levou consigo a viola Nem mais um acorde lhe ouvi eu Livre, viveu no tempo desajustado Em contratempo, triste plebeu