Eu tenho andado
Trouxa e cético
Quanto ao justo
E ao educado.
Justo eu,
O não profético.
O juiz tem doutorado.
O promotor é belo.
Quero meu advogado.
Ah, o bem
Sem olhar a quem
Dos privilegiados.
Nunca mais quero
Ser poético.
Menino seja educado
E dê um caramelo
Ao diabético.
A justiça patife
É um bife
Bem pa**ado,
Mascado na boca
De um banguela
Inocente.
Que nem sempre
Teve bochecha oca.
Culpado!
Bate o martelo
E quebra os dentes.
Ainda quero meu advogado.